Do lixo ao reuso: startup brasileira promove rastreabilidade na reciclagem

Fundada em 2015, a Yatto monitora toda jornada dos resíduos no Brasil e aposta na tecnologia e transparência para combater um dos gargalos do setor

Sofia Schuck

Publicado em 17 de maio de 2025 às 14h00.

Exame

Após o descarte, como garantir que o caminho seguido pelo lixo é o correto? Esse é um dos grandes desafios da reciclagem no Brasil e essa startup aposta em tecnologia e transparência para rastrear a cadeia de economia circular no país.

O novo dado da Fundação Dom Cabral e do Instituto Atmos divulgado neste Dia Mundial da Reciclagem (17/5) reflete este cenário complexo: dos cerca de 81 milhões de toneladas gerados, apenas de 2,4% a 8,3% é efetivamente reciclado.

A Yattó, fundada em 2015, utiliza um sistema de rastreabilidade que monitora toda a jornada dos resíduos, desde sua origem até o destino final.

Desde 2021, o programa já reciclou mais de 1.800 toneladas de embalagens plásticas flexíveis, um tipo de material que tradicionalmente apresenta complexidades particulares para serem reciclados.

Entre seus projetos, estão parcerias com grandes companhias como Mosaic e Liza, visando integrar sustentabilidade à estratégia de negócios.

Em um momento em que empresas enfrentam crescente pressão para adotar práticas sustentáveis e comprovar seu impacto ambiental, a rastreabilidade se apresenta como uma solução para garantir que os processos de reciclagem sejam realmente efetivos.

“Com nosso sistema, é possível comprovar o destino de cada item reciclado, entendendo se aquele material foi transformado em um novo produto, nova embalagem ou virou resina, por exemplo”, explicou Leonardo Lopes, um dos fundadores da startup.

Tecnologia como aliada

Um dos diferenciais do sistema é a tecnologia: as empresas parceiras podem utilizar uma plataforma digital com dados e relatórios em tempo real sobre as movimentações dos resíduos, além de informações detalhadas que permitem acompanhar todo o ciclo de vida.

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